Nunca tive muito entusiasmo pela escola, mas sempre amei aprender. Por três anos estudei numa escola rural. A professora dividia seu tempo entre a sala de aula, com três turmas diferentes ao mesmo tempo, e a cozinha, onde fazia merenda para os alunos. Sou eternamente grato à professora Izaura, pela dedicação e empenho de fazer o seu melhor com o mínimo de recursos que a escola dispunha.
Com tantos alunos para ensinar, a professora não percebeu que eu era daltônico e disléxico, o que gerou vários castigos e bullyings. Isso fez com que eu criasse resistência ao ambiente escolar. Só aos 28 anos entrei na faculdade e aos 33 lancei meu primeiro livro. Eu estava iniciando uma jornada na qual não havia me programando e contei com apoio de dezenas de professores. A primeira incentivadora foi a professora Gilza Moraes, a primeira professora a me dar um norte neste mundo literário.
Enfim, comecei uma jornada dentro de escolas e eventos relacionados à Educação que eu não tinha sonhado para mim. Por isso eu digo que foi a Educação que me escolheu. Só depois dos 40 anos descobri que sou disléxico e isso só aconteceu graças à professora Maria Sílvia, que já trabalhava meu primeiro livro há alguns anos com seus alunos.
Mudança de rota
É engraçado como às vezes a vida nos leva por caminhos que nem sempre é o que escolhemos. Na juventude eu tinha outros planos profissionais. Eu só sei que a vida foi me levando e quando percebi estava envolvido neste trabalho que hoje tenho como minha missão.
E embora o projeto tenha dado uma pausa por alguns anos, hoje entendi que é isso que quero fazer enquanto viver, inspirar pessoas com educação, criatividade e protagonismo. Acho importante estarmos sempre de coração aberto para o que Deus nos reserva. Às vezes fazemos mil planos e de repente Ele nos mostra que não é nada daquilo, que os planos dEle são muito maiores.
De nada adianta pensar fazer um monte de coisas, no momento certo Ele vai nos tomar pela mão e nos mostrar por onde deve ser nossa
caminhada. Quem diria que um menino daltônico, disléxico e que sofria bullying na escola hoje teria um projeto voltado para Educação e daria palestras?
A escolha é minha
É claro que para isso temos que ser resilientes para aceitar os desafios. A mudança só vai acontecer se permitirmos, se escolhermos trilhar esse caminho. Porque não é fácil, pois sempre queremos as coisas do nosso jeito, somos muito apegados a nossas próprias escolhas.
No meu caso, aceitei a direção que a vida me levou e me apaixonei por essa missão. Em 2003 abri minha própria editora e comecei a me dedicar à produção de conteúdo, principalmente para escolhas públicas.
A educação me escolheu e hoje posso afirmar com todas as letras que amo tudo isso. Amo Educação, amo ensinar, amo compartilhar conhecimento e me conectar com pessoas. Enfim, amo o que faço!
E você, gosta de estudar e aprender? Conta pra min!
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